Primeira noite de chuva e vitória contra o Peru

Ainda vou lhes contar sobre a aventura de ter perdido a reserva do albergue um dia antes de embarcar. Chorei, gastei três ligações para a Argentina tentando acertar os ponteiros, mas nada feito. A maioria dos hotéis já não tinham vaga para o dia 10 e 11 por conta do feriado nacional, também na Argentina, no dia 12. Com um pouco de paciência, misturada com desespero, conseguimos algo até agora considerado bom.

Então, mas o primeiro dia. Chegamos e fomos negociar o taxi. um desses taxistas "livres" que ficam dando sopa do lado de fora do aeroporto nos ofereceu o mesmo preço da corrida do Taxi Ezeiza. Mas como não havia nenhuma vantagem interessante e para não correr o risco, além do que eles nos ofereciam a volta por um preço melhor, dizia o cartaz. Compramos a ida por $98, mas descobrimos que a promoção da volta por $78 não valia para quatro pessoas. Mas tudo bem. Fomos assim mesmo. O carregador nos pediu uma gorjeta. E disse que poderia ser em peso ou real, tanto fazia. Ele não ficou muito feliz quando lhe demos 2 pesos. Nosso único trocado naquele momento.

O taxista não era muito amigável. Até tentamos puxar algum papo com ele. O máximo que rendeu foi ele nos dizer seu nome: Aníbal. Passamos em frente a Casa Rosada, mas ainda não deu para se ter uma idéia boa do centro da cidade. Chegamos no hotel, nos apresentamos, mostramos o comprovante de nossas reservas. A recepcionista nos informou de um problema que eles tiveram no piso do Hotel e nos mandou para outro Hotel da mesma rede, e no mesmo quarteirão. Ok então. Em dois dias fomos obrigados a aceitar qualquer proposta. Até porque, não tínhamos muita opção. E eu que pensava que os elevadores italianos fossem únicos, porém, o do Catalinas Suites é bem italiano.

Chegamos, nos acomodamos e fomos direto nos arrumar para sair. Mais uma vez aqueles consagrados números da embratel nos salvou. Mandamos notícias para casa de um orelhão. Seguimos a caminho de Puerto Madero. Entre umas e outras fotos começou a chover de repente. E não foi uma simples chuvinha. Ainda bem que não estávamos em frente a um Cabaña las lilas, onde tudo é caro. Mas estávamos em um Parrilla Argentina onde é tudo mais em conta. Gastamos, incluindo os 10% que não vem intimidando você em sua conta, mas sim como gorjeta opcional, jantamos por $ 270 para 4 pessoas. Foram entrada com pães, salada, dois tipos de carne, um merlot e algumas outras bebidas, como água e refrigerante.

No restaurante, até os garçons paravam e ficavam vidrados na televisão para qualquer ameaça de gol da Argentina. Mas pelo menos ali, não senti nenhuma vibração que chegasse aos pés do Brasil. Sem rivalidades, juro.

O restaurante, sem ironia e sem recriminação em minhas palavras, tinha uma decoração que se assemelhava com um estábulo. Decoração uma graça e um lugarzinho bem aconchegante. Os garçons um tanto prestativos e simpáticos. A churrasqueira era como um aquário, fechada por vidros, mas de forma que os vsitantes tenham acesso a sua curiosidade em ver como preparam a carne. Combinamos de dar mais uma volta por Puerto Madero antes de retornar ao albergue. Porém, a chuva continuava, e não era fraca. Fomos vencidos pelo cansaço e decidimos encarar a chuva. Chegamos ben molhados no hotel. E ainda fizemos uma pausa para a foto histórica.

Agora já está passando da hora de dormir. Amanhã cedo nos aventuramos por La Boca, San Telmo e Centro. Dessa vez, prometo levar o guarda-chuva. "Yo soy Periodista"... "Saludo"... "Gracias"...

Foto 1: Puente de la Mujer, monumento simulando a dança de um tango no bairro Puerto Madero

Comentários

Anônimo disse…
Minha querida amiga kika

Com 2 pesos apenas de gorjeta, vocês esperavam o que?
O cara devia no mínimo ter jogado vocês pela janela. Vocês não pensaram em converter a moeda não?
Fala sério, gastam fortunas numa viagem e dão 2 pesos pro camarada. É o cúmulo do pão durismo!

Um abraço a todos ai e curtam bastante, pois a próxima, se deus quiser, será para nos visitar em Santiago no Chile.

Frango
Cristina Barroca disse…
Frango, acho que você não leu direito. Era o único trocado no momento. Não somos tão ricos como você que daria um "trocado" de 100 pesos para um carregador.

E no chile será melhor ainda. Pouparemos os pesos chilenos com a hospedagem. hehe
Lilian disse…
Cristina, adorei seu blog!!! Também tenho um (http://vidaeviagem.blogspot.com) e sempre quis fazê-lo como um diário, mas sou relapsa e fico com preguiça de postar...
Estou indo pra Buenos Aires sábado e queria mais dicas. Tentei ficar no Florida Suites, mas já estava cheio. Já reservei outro hotel e gostaria de dicas de passeios, restaurantes, tanguerias etc.
Obrigada!
Mônica Sousa disse…
Kika, tem algum outro jeito de ir do aeroporto ao centro de BA sem ser de táxi? Vou pra lá sozinha e, sabe como sou, economizo ao máximo!
Bjs

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